Poemas : 

Adversos

 
Somos um misto
de sim e não e talvez.

Somos uma história
inacabada e
mal contada
com as letras abandonadas
na calçada.

Somos a brisa e a tempestade,
o instante e a eternidade,
o insano e a sobriedade.

Somos a noite escura
e a manhã iluminada.

Somos assustadoramente tudo
e intensamente nada.


rosemari hauenstein ruch


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Autor
rosemari
Autor
 
Texto
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1977
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5
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/07/2015 22:54  Atualizado: 06/07/2015 23:35
 Re: Adversos
A formalidade de seus poema são mais que ternura, palavras que se transforma, lindo.

Somos simplesmente um composto, que de nós irá nada ficar, passos que se apagaram com o tempo, tocados pelos ventos da vida


Enviado por Tópico
kirinka
Publicado: 07/07/2015 11:49  Atualizado: 07/07/2015 11:49
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Usuário desde: 17/03/2015
Localidade:
Mensagens: 804
 Re: Adversos
___________________________________________

muito bom de leitura
muito bom de sentir
e entrar...em "nós"


Abraço da Luka


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 07/07/2015 12:31  Atualizado: 07/07/2015 12:31
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Adversos
Bom dia Rosemari, os teus incisivos versos enredam esta nossa intrínseca dualidade com profunda veemência, parabéns pelo redundante poema, um abraço, MJ.

Nota: a descrença que tu tens em relação aos políticos Brasileiros, incluindo o PSDB, também me assedia, todos os políticos do Brasil padecem de algum vício em certa medida.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/01/2017 09:00  Atualizado: 07/01/2017 18:21
 Há-de versos


Há, de versos tantos,
Quanto estrelas no mar há,
Caminho por entre mar
E céu e esqueço quão

Presos ao chão sou eu
E os versos ainda mais
Fundo que em mim
Me pesam como pedras

Com pedras dentro,
Sendo de barro o barco
Os versos templos,
Tantos quanto no céu

Acreditava ser de luz
Os pontos, em ponto de
Cruz desenhados
Por um alfaiate distante,

Há versos tantos,
Quanto realidades várias,
Deixá-los ser verdade
Ou ponte, nome completo

Depende da vista
E do que é feita,
Porque uma coisa é o olhar,
Outra o alçapão do tecto,

A telha, se é de barro
Seco ou vã, aberta ao tempo
E à visita de qualquer
Um Deus,

Ou da albarda de um burro
Manco e sem alcunha
De égua ou pai-de-santo
Há, de versos tantos...