PERGUNTEI!
Perguntei desiludida e pensativa ao vento
Porque te amava, eu assim tanto e tanto
Respondeu-me o vento num arrepiado lamento
Desfeito em doloroso e pesaroso pranto.
Que me dediquei de alma ao homem errado
Aquele que sem consideração, piedade ou dó
Deixava meu pobre coração tristemente aferrado
À solidão dessolado, desiludido e sempre só.
Prometi de lágrimas a sulcar-me o rosto
Ir embora, cabisbaixa inundada de desgosto
Em busca de outros luares, céus, mares e sóis.
Esquecer este tão grande e desmedido amor
Que floresceu em mim como a mais bela flor
E me fez não ver outros jardins de girassóis.
Maria isabel machadinho