Na alma pálida, qual corpo volátil, tenra e límpida, marcas roxas se cruzam.
Elevada e crua, Castigo e prazer, Estala a solidão Como chicote Rasgando o ar.
Tremem as almas Se antecipando, Querendo sofrer, Temendo a dor.
Carícias cruéis roendo impiedosas em rudes golpes. São chamas de dor, gotas de sangue, que perlam rubras de regato mornos traçando a ausência
Quisera essa alma palavras suaves, doces substitutas Confortando a dor acariciando as feridas mãos serenas e frias amando-a, beijando-a, libertando-a dos medos...
Solidão, o chicote ferino do desespero, da ira das palavras sonegadas, dos gritos mudos E audíveis lamentos.