O colonialismo visível te mutila sem disfarce:
te proíbe de dizer, te proíbe de fazer, de te proíbe de ser.
O colonialismo invisível, por sua vez, te convence de que a servidão é um destino, e a impotência, a tua natureza:
te convence de que não se pode dizer, não se pode fazer, não se pode ser.
Eduardo Galeano, escritor uruguaio, In: O Livro dos Abraços, Ed. LPM, p. 157.
Imagem: Atlantic Civilisation de Andre Fougeron.