Toda que vez que pasto eu posto,
Posto que todo texto é composto
Pela palavra que é o meu alimento.
Assim dou asas ao meu pensamento
O que faço com muito prazer e gosto
São palavras ao vento do mês de agosto.
Por vezes até que sai um belo rebento
Outras sai um Quasímodo decomposto
Mal formado, com torto corpo e rosto.
Tudo depende da época, da erva, do pasto
Da Literatura que me aproximo ou me afasto
Ou do tanto que tenho determinado meu tempo.
Por isso faço versos, por vezes, atravessados;
Por isso um vômito de vocábulos prazerosos.
Quando eu teço um poema tenho vários... Gozos!
Gyl Ferrys