O teu amor é-me indiferente,
Me confessa a alma inquieta.
Nunca te soube amar exactamente
Entre poeta e homem nada me afeta.
O desamor pleno me basta,
Saberei ao certo o que sinto?
Se cada ideia chega como casta,
Os meus fazeres são de puro instinto.
Da alegria à muito não sinto a presença,
Deserto de ideias por entre ansiedades
Em ideais sábios de quem não pensa
Mas ainda assim sente saudades.
Meus desejos permaneceram tristes
Eu só, num qualquer universo!
Não sei de ti, será que ainda existes?
Pelo menos em mim és como sonho disperso.
Memórias opacas divulgam um nome,
Que mal lembro o rosto, corpo ou existência,
Tal dúvida sempre me consome,
E aos poucos me pesa a ausência.
À muito que não te vejo.
Caio por entre mim e adormeço, logo chega o sonho,
Alheio a tudo relembro desconsolado o teu beijo,
E enquanto te tento esquecer em silêncio me decomponho.
Minha vida é sem ti
Uma simples história vazia!!!
Paulo Alves