DETONANTE
(Jairo Nunes Bezerra)
A chuva não anunciada chegou repentinamente,
Trepidar de relâmpago foi liberação passageira...
A enchente foi opressiva sempre em frente,
Enfrentando diversas barreiras!
Na rua, já molhado, avancei pisoteando águas escuras,
Que céleres penetravam no esgoto...
Apenas das espumas surgiam cores obscuras,
Pra mim superficial sufoco!
Consegui chegar ao local pretendido,
Após o cansaço vencido,
E felizmente aqui se inicia do prazer a abstinência!
Sinto-me um pássaro opressivo em seu ninho,
Com asas encharcadas , encolhido , sozinho,
Após a sua labuta para sobrevivência!