O destino abriga caminhos tortos
Para as almas perdidas e sofridas
Percebemos que estamos todos mortos
Por razão de memórias não esquecidas
Por bruscamente lançar-nos aos corvos
E queimarem dádivas recebidas
Disseram:"O futuro à deus pertence"
Em misto de solidão e desespero
Esperança aparece e nos preenche
Logo torna-se apenas um apelo
Cada mínimo se torna um suspense
Temperado de lágrimas e medo
Interrogação corta como faca
"Será que o sol raiará novamente?"
Há tempos estou aqui em minha pobre arca
Vendo a lua de sangue tão ardente
Lendo a frase talhada farpa à farpa
"Disseram:O futuro à deus pertence."