Morbidez
Em todo teu denso ar
se respirava amor e desejos
tu buscavas o sol, perfume
do aroma das flores e beijos
procuravas sempre o sim
não aceitavas o não.
Mas o teu pobre coração
como uma ave a deriva
afastou as coisas que amavas
se perdeu nas coisas da vida.
Como se pôde deixar enganar
são mares da solidão
que açoitaram violentos
a morbidez do teu coração
Agora
já não podes mais sonhar
sem rosto ou cor
e o caos habitando
tua alma em amargura
quanta dor
em teu olhar
tão deserta criatura.
Alexandre