Quando os ventos sopram;
As almas balançam;
Penduradas em nossos peitos por cordões de cetim;
Alma imensa, sem fim;
Corpo, deixa minha alma vagar pelo jardim;
Ela esta a ler poesias;
Ah! se meu corpo flutuasse como minha alma;
As palavras da poesia vão e vem com o tempo, no vento;
Quando as almas balançam;
São os Ventos que as alcançam;
Quando os ventos sopram;
As almas se transformam em poesia;
Hoje minha alma foi viajar;
Quando eu fechei os olhos;
Embaixo do galho onde pousam os corvos;
Que esperam pacientes, pelo corpo vazio;
Se a alma não volta eles o devoram;
Quero eu desta vez, que o vento sopre o mais forte e longe que conseguir;
Vou ler a poesia mais extensa que conheço;
Me perco, desapareço;
Quando a alma se transforma em poesia...
...É o momento que, leva à ti, todo meu apreço.
Marcio Corrêa Nunes