Procuro-te na poesia
porque, meu amor
tenho medo de te encontrar
de te amar
As mãos ébrias flutuam à tona do poema
deixo submersos na folha
pensamentos errantes
se te acho e não me amas
minh'alma deputará um dilema
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As palavras são como répteis
enroscam-se no pensamento
de lá não querem sair
ainda,insidiosas procuram no poema
novas espécies
Abono os dedos
que se esticam para além
da minha vontade
vestem as folhas do caderno
que escondo no coração