E aquele dia parecia ser o último;
O sol brilhava;
O dia estava lindo;
Mas parecia ser o último;
A quem estava acostumado a viver em uma caverna escura;
O sol incomodava a visão;
As pessoas que não via a muito, o cercavam por todos os lados;
Sua barba era grande, sua vontade mínima;
Aos poucos ia se libertando de sua prisão;
Aos poucos, sentia o calor do sol, o calor do ser humano;
O mesmo ser humano que o fez viver em uma caverna;
Será eles menos cruéis agora;
Andou por horas;
Viveu minutos;
Não recebeu tributos;
Mostrou sua face ao mundo novamente;
O mesmo mundo que o fez descrente;
Chegou a hora;
Anoite esta a cair;
O escuro retorna;
Mas desta vez será diferente;
Varreu a varanda;
Acendeu as luzes;
Perfumou a morada com flores;
Aquele dia realmente era o último;
O ultimo dia;
Se despediu de sua caverna amada;
e fez o sol brilhar em plena noite;
O sol brilhava;
A noite estava linda;
E viveu aquela noite como se fosse a última;
Pois não soubera, se o sol que nasceu em plena noite;
Resistiria ao nascer de um novo dia;
E viveu aquele dia em plena noite como se fosse o último....
Marcio Corrêa Nunes