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Floresta

 
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Floresta

Quando a desilusão
me empurra de desdém
entro nessa floresta
na pura ilusão
de ser outro alguém
- flor, raiz, ave, giesta...

E a floresta me abraça,
me afaga de suave,
me sussurra amores,
me perfuma de odores,
me liberta da entrave,
sacia-me em sua taça.

E a floresta me abriga
de meus ferozes medos,
de pavores medonhos.
Desfaz-me da intriga,
dos ódios, de bruxedos,
preenche-me de sonhos.

De cor funde visões
em mil tons verdejantes.
De melodias dolentes
- embalar comovente –
doce arfar de amantes,
de enlevadas paixões.

Floresta, minha dama,
de ar, de terra, de fogo,
meu corpo tão cansado,
que teu ventre reclama,
aceita-o, te rogo...
Floresta, meu obrigado!


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 20/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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