No silêncio da minha angústia
Deixei-me soltar aquele grito de dor
E eu só queria respostas
Para as perguntas da vida a minha volta.
Mas, só havia silêncio em tudo isso
Rasguei as minhas vestes
E deixei minhas lágrimas rolarem
Pela minha face obscura da solidão.
Ninguém me estendia às mãos
Mas passavam de largo fazendo desdém
Das minhas feridas
Escancaradas a céu aberto.
Por que Deus não vai embora
Era o que eu queria saber
Todo esse sofrimento era por sua causa
Ou pelo menos era o que acreditava.
E quando parecia não ter mais fim
O temor que eu sentia
E a solidão que me fazia companhia
Eu ouvi aquela voz tão suave.
No meu interior eu senti
Meu espírito se renovar
Quando suas mãos foram estendidas para mim
E minha alma acalentada.
- Não vou embora
Porque o meu amor por você
É maior que o próprio universo!
Por amor a você dei o que tinha de mais precioso
Para resgate de sua alma.
Por amor a você amei de tal maneira
Que não há explicação racional
Para e extensão desse amor.
Por isso, por te amar tanto assim,
Eu não vou embora.
Eu saro as suas feridas
E curo a sua dor.
Levanta-te e continue a sua jornada
E eis que estou contigo
Todos os dias até a consumação dos séculos!
Poema: Odair