Ao olhar a onda ao fundo a formar-se, lá onde o céu se une ao mar, em atropelos de bátegas unidas avolumando-se à medida que se aproxima, ruge na pressa de se encapelar para desmoronar e esbater-se contra os grãos de areia impávidos e resolutos na resistência, escapando-me por baixo dos pés retirando-me o equilíbrio, e resisto sabendo que mantendo-me de pé o chão se unirá de novo por baixo de mim, mantendo-me erecto e firme de olhos postos no firmamento, vendo já outra que de novo se forma, se une e se projecta vindo teimosa morrer-me aos pés.