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Farrapos do Nada

 
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Farrapos do Nada

Farrapos da vida,
O nascer da dor,
Raiados de sangue,
De mulher vivida,
Coberta de suor,
Pálida e exangue…

Farrapos da morte
São gritos de esposa,
Prenha de lamentos…
O viver é ter sorte,
Voo de mariposa,
Lutando com ventos.

Farrapos da alma
Entregues a Deus,
Senhor do mundo,
Que não se acalma,
De crentes-ateus,
Num pecar imundo!

Farrapos da paixão
Corpos sãos, desnudos,
Entregues a luxúrias,
De amores e penúrias,
Gemidos, que mudos,
Dizem sim ou não…

Farrapos de amor
Para uns fraterno,
A outros carnal.
Belo Carnaval,
Poema eterno,
Tela sem valor!

Farrapos do nada,
Nada em farrapos....
Véus e fragmentos
De virgem tomada!
Corpos estripados
Fraques lamacentos.

Farrapos, farrapos…
Trapos… são trapos!
Vida, morte, fim,
Alma, amor, enfim…
Paixão? Não!? Nada…
À forca... Cai a escada!!!


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 19/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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