Menina bonita
que estás no canto da sala,
ao som desta sinfonia
meu olhar no teu se embala.
Perco-me por devaneios loucos
e sonhos imaginários,
taquicárdia e vóz rouca,
vou ficando com os sentidos ao contrário.
Não te conheço mas morro de vontade,
estás tão perto e tão longe,
nem sei se é sonho ou verdade,
quero ir! mas não sei onde...
Sei que o tempo finda
e não mais te vou voltar a ver.
Tenho que te dizer
só não sei como, ainda.
O musico toca a ultima nota,
cada vez mais o tempo esgota,
é agora!
Mas ela já foi embora...
Não te vejo mais, bem sei
e o que sinto por ti
nunca te o direi.
Mas este poema fica aqui
escrito para sempre
para se tu um dia o leres,
ficares a saber e jamais te esqueceres
que não me foste indiferente
e que adorei aquele momento,
mesmo que por pouco tempo.