Prosas Poéticas : 

O tédio do silêncio

 
 
Os olhos olhando-te

repousam serenos

na consolada alma que

me tinge os poros de coloridos

cantos perfumados com tua graça

esbelta,desafogada

em que revivo cada instante perene

que corre em tua peugada


– O mar esmaga-me nas ondas

continuas que flamejam de emoção

A vida em fuga

tornou-se um tédio

em silêncios subjugados

O sonho

a concepção eterna, genuína

que germina,puríssima

almejando toda aquela

alegria que viceja impassível

às portas desta Via-Láctea

formosa e tão empolgada

pela luz suave

que nos alberga a vida

a cada polegada de tempo

que fecundamos palpitantes

procurando perspícuos

esta quimeoterapia onde convalescemos

depois tão estonteantes


– As saudades, essas

vão morrendo assim

cada uma a seu tempo

esboroando nos ventos o mesmo

frescor de vida deliberada

entre nossos céus barricados

na esperança que morre lenta

inesperadamente assim sugada


– Irei depois retratar-te

alagada em lágrimas

que me ofertas-te

num cálice dissimulado de ternura

até romper nossa aurora

levedando feliz

e com estas palavras de amor

que se perfilam no leito desta poesia

onde nada mais sobeja

que não o tédio neste silêncio

habilmente escondido, sossegado

num punhado de ecos consumindo-nos

heróicos,

latindo, carentes, inexistentes

num tempo que foge pasmo

enfermo e sem qualquer prognóstico

FC

 
Autor
Frederico
 
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Enviado por Tópico
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Publicado: 01/07/2015 16:21  Atualizado: 01/07/2015 16:21
 Re: O tédio do silêncio
A tua escrita enriquece e ilumina este site!

Tudo lindo!

Um abraço,

Anggela