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Evasão de Mim

 
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Evasão de Mim

Quão falsos eram os olhos castanhos
que me prometiam édens, chorando.
De amor não seria; pecados tamanhos
decerto, de quem vive enganando!

Memórias traiçoeiras me invadem
a alma de estocadas tão certeiras.
Quantas traições geradas se evadem
em bebedeiras e ditosas rameiras!

E de alma ferida, senil me arrasto
para longe da que me jurou amor;
(tantas juras de um desamor nefasto).

Tão só, nas sombras de mim, eu me afasto
para morrer na tristeza e impudor,
que de fortuna foi plena de dor.


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 18/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/06/2015 12:58  Atualizado: 19/06/2015 12:58
 Re: Evasão de Mim
Evado-me me mim mesma, por vezes, para tentar reconhecer se ainda sou alguém...ou não...

Abraços,

*Anggela*