Estranhas sombras zombam de mim
Imitam bruxas de Shakespeare ou de Blair
Miscigenadas com um, de Klopstock, serafim
Ou com o Albatroz das "Flores" de Baudelaire.
Talvez um defunto autor de Machado de Assis
Ou, de Goeth, as sombras nascidas no Fausto
Talvez sejam as almas de Hitler, do Holocausto,
Ou da monarquia francesa a falsa flor-de-lis.
Estranhas sombras ecoam em sinistras vozes
Que assustam-me e me causam receio e medo
Talvez um conto de terror de Álvares de Azevedo
Ou uma música cabulosa do cabuloso Ozzy Osbourne.
Aquieto e deixo passar por mim as sombras tristes
Pensando num antigo e sempre bem-vindo adágio:
"Antes sombras que do que mal..." Será que ainda existe?
Melhor eu parar por aqui antes que me acusem de plágio.
Gyl Ferrys