Meu amor, teu amor, Vivem do nada e do todo Numa densa harmonia Em actos de adoração, E de prazer ofertado.
Meus lábios sequiosos São teus mais íntimos, Minhas mão ávidas, Te buscam sem cessar.
Minha mente, em elos, Enlaça meu servil corpo E minha alma se dedica Em ti, para ti, por ti, de ti, Numa paixão submissa.
E o teu prazer é a serenata Rasgada de teus segredos, Efusiva de tons proibidos, Do teu poder que me seduz E me alimenta de suspiros, Em eco, gritados, só teus...
Ondas e ondas de orgasmo Te invadem o espírito e te arqueiam o corpo, Em arco, rampante, Ruindo estrondoso, feliz, Fluindo néctares de seiva, Do pleno, da luxúria, de amor.
Que nos arrebata, sublimes Tu, amante activa, exigente, Eu, escravo de Ti, adorando E, homem feito, rendido, Me enleio mais e mais, Em tuas doces cadeias.
Submisso, mas indócil Escravo que anseia, livre, De te amar sempre eterna.