Este amor que hoje vejo arruinado,
Um dia foi Centelha de luz em meu caminho,
Foi movido durante anos com carinho
De alegrias e de risos por nós enfeitado.
E hoje, como tudo, pertence ao passado
Já não acorda em lençóis macios de linho,
Seu lar de outrora já não é o seu ninho,
Amor findo, à dor da desilusão acorrentado.
Permanece minha alma assim repleta
De memórias o peito caído nas dores
E a vida corre apressada de alegrias deserta
A meus olhos nada pacífico, apenas temores
Por entre o preto e branco que o dia a dia oferta
Caio entre o cinzento cerrado dos desamores
Paulo Alves