<br />Mercêdes Pordeus
Recife/Brasil
O mundo amanhece em festa
A humanidade feliz desperta
O sol penetra em cada fresta
De toda a janela entreaberta.
O trabalhador esperando um salário digno
O idoso sequioso de amor e carinho
A criança ansiosa sem perder a esperança
O ser humano buscando o seu caminho.
Na rua, quem saiu de casa esperançoso.
De voltar ao seio da família amoroso
Parou! Sofreu agressão e então choroso
Que dizer a mulher e filhos? Silencioso!
Quem sonhou andar livre pelas ruas
Dos seus mais lindos sonhos acordou
Sonhos se tornando grandes pesadelos
Pesadelos, para quem os acalentou.
O idoso saiu à rua e acordou!
O trabalhador saiu à rua e acordou!
A criança saiu à rua e acordou!
Da família o sonho desmoronou!
Sonho que se sonhou só
Não houve amor, virou pó!
Pesadelo na garganta deu nó
A palavra deu lugar ao silêncio...Só!
A noite chegou tão triste!
A humanidade não existe
De penetrar as frestas o sol desiste
A janela, em ficar fechada insiste.
20/09/2006
Diploma MENÇÃO ESPECIAL
XVII Concurso Nacional de Poesia - " WERNER HORN "
ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE PARANAPUÃ (ALAP)
Período de Março a Outubro/2006
Mercedes Pordeus