Enamora-me de ti, meu amor, com o teu olhar carcereiro que o meu prende ao teu e o subjuga à beleza de ti, de teu corpo maduro de desejo.
Enamora-me com teus lábios, doces, como a romã suculenta, que os meu crepitam em beijos sem fim e os mordiscam febris, devorando as palavras inúteis.
Enamora-me de teus seios fartos, de auréolas escuras e entesadas, que se cravam, ferozes e ávidos, em meu peito que lateja frágil e desprende meu bobo coração.
Enamora-me de teu ventre ondulante em busca de minhas mãos inquietas ardendo,em focos de paixão mortal, no sedoso da tua bela tez trigueira, fresca de suores orvalhados de nós.
Enamora-me de teu velo de mel fresco brotando, copioso e agridoce, de ti, ofertando o veio às ternas carícias com promessas de prazeres eternos na comunhão de licores embriagantes.
Enamora-me de tuas nádegas arqueadas, forçando a união dos nossos corpos, qual arco, que fustigado por mãos, dispara o ventre em cálice de rubi mesclado de néctar de cor de pérola alva.
Enamora-me de tuas coxas distendidas abertas em portal de éden de carne luxuriante, desejável e imortal, pulsando, celeste, como estrela nova ameaçando eclodir em raios de vida.
Enamora-me de teus pés caminhantes que se elevam exigentes no espaço mais ínfimo que ainda nos separa, expulsando átomos de vã inércia, que possam quebra a cadeia mágica.
Enamora-me de ti, meu doce amor, Enamora os meus sentidos do odor que de ti emerge, as minhas mãos ao toque de teu vórtice corporal e minha boca sequiosa de teu aroma.
Enamora-me de ti, meu amor, eterna... Sê o meu carro de fogo deste sonho que me conduz aos universos sem fim dos amores passíveis da doação total das nossas almas e corações enleados.