Brotam-me as emoções fogosas, como a nascente de regato, e, na escarpa dos sentimentos, se espraiam como um rio louco. Esvaiem-se de mim vigorosas, no meu pequeno mundo pacato, logo se batalham em tormentos, e meu ser depende de tão pouco.
Nas emoções, navego perdido, sem rumo definido, à deriva, buscando raízes e encalhar, ou rocha como porto seguro. E tu, meu amor, és o gemido da saudade que de ti me priva, o lamento do verbo amar, o sono vão em quarto escuro.
Ah, a dor! Nesta presente ausência, de teus carinhos e teu enlevo, me conduz fremindo no tumulto dos ais de raiva e da paixão. Funesta, me cerca de violência; rasgo folha virgem que escrevo, assombrado por sinistro vulto: o choro triste do coração.