A minha voz fica surda
quando o sorriso se apaga
nos nevoeiros baços…
As horas trocam os passos
na casa o silêncio já não grita…
Os olhos mergulham
em esboços ásperos
numa folha de papel amarrotada…
Tremem as palavras
nas mãos que ainda sonham
e porque sonham também choram…
Devagar a noite cai
a lua espreita atrevida
embalada pela nostalgia
do frio que a alma arrepia
…e repudia…inconformada…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...