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O ENÉSIMO

 
Tags:  SONETOS 2011  
 
O ENÉSIMO

Parara de contar, perdera a conta;
Tão indiferenciável que era já.
Amara e desamara em hora má,
Sob pena de tornar-se piada pronta.

Ia por rumo: O que o nariz aponta!
Tonto co’os tombos que essa vida dá...
E busca, tanto aqui quanto acolá,
Outro tonto a quem sua história conta.

Não. Aquele ali não fora o primeiro,
Tal como não será o derradeiro,
A conquistar o que veio a perder.

Sem embargo, a verdade é que ‘inda dói.
E quanto resta agora ao nosso herói
É sempre a mesma angústia reviver.

Betim – 12 06 2011


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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