Eram amantes,
de corpos vibrantes.
De corpos sempre distantes.
Peitos arfantes,
corações pulsantes,
sexos pungentes.
Viviam apenas instantes,
momentos flagrantes.
Amores galantes,
seres errantes,
Homem e mulher cativantes.
Um não sei que de delirantes.
Situações excitantes,
atitudes empolgantes,
imposições dominantes,
simplesmente fascinantes.
Orgasmos delirantes,
os tomavam fatigantes,
os errantes,
se consumiam de maneiras causticantes.
Mas eram amantes distantes,
de camas destoantes,
que os tornavam incompletos e frustrantes...
Tristes amantes,
provocantes,
inconstantes,
oscilantes,
redundantes...
Vera Dal Sasso