Encanta-se a lenda com bolorentos guerreiros
Tradição de avidez, abismos e de glórias
Amores que à vasta costa se assomaram
Mercadores com trechos de histórias
Bárbaros que estrénuos se tornaram
És Portugal, terra de tantas vitórias
Mar e chão que ontem se encontraram
As irrupções que hoje são memória tua
Sigilaram em ti o Mundo, o céu e a Lua
Muitos, seu crédito exararam nestes cantos
Entre dinheiros Celtas e espadas de Viriato
Mares de sangue e prantos maternos
Ó, insana torpeza dos Homens loucos
Religião que ceifa em nome de Santos
Ignomínia secular que não muda o trato
Alcorão bíblico, palavra dos infernos
Sol que chameja para tão poucos
Grilhetas que o tempo deslembrou
Lucina triste que um dia chorou
Ordem sem caos, caos sem ordem
Rios de sãos mortais, acordem!
Ignorem as gentes de adulterina fé
Ouçam, icem bem alto o valor Lusitano
Soltem o aço que afirmou este corpo humano
Assuma-se a nudez de cada Português
Sobre a pureza da brava gente que se fez
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma