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AUTÓPSIA

 
Abra-me, sob a mesa deste sonho
Retira de mim, amor em pedaços
Examina os cantos da minh’alma
Pega-me em teus braços

Quando em vida, te amei
Como jamais alguém te amou
De tanto amor adoeci,
Tantos versos escrevi
E de nada adiantou

Hoje sou indigente, retirante
Sob prancha de cedro nobre
De amor, estou muito pobre
Atirado a própria sorte
Como se fosse a morte
Este amor que já foi vida.

 
Autor
luisroggia
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 09/06/2015 19:28  Atualizado: 09/06/2015 19:28
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1440
 Re: AUTÓPSIA
Gostei de ler o relatório forense.
Parabéns pela poesia viva.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/06/2015 21:24  Atualizado: 09/06/2015 21:24
 Re: AUTÓPSIA
Uma alma que ama nos intensos, onde os olhos choram as magoas de uma triste desilusão.

um poema sentimental, mas lindo