Quando a ilusão do impossível nos toca, tirana, vêm os desvarios da mente insana na busca de amores, prostituídos de valor, gerados no vazio irreal.
E a ilusão se esvai, esfuma-se de loucura e se vai... Sem olhar... Por isso, a desilusão é uma não existência que desculpa somente a dor ferina do erro que perjurou a alma.
Quem, na virtualidade, se desfaz em desejos e fantasias eróticas, certo é, lentamente, sente a mentira vil na podridão das almas; a sua, que não vive já, e outra que jaz morta.
Ah, amores transcendentais, fruto proibido de amantes da solidão e de mil sonhos movidos pelo terror feroz da perdição de Eva e Adão. Que maldito artefacto algoz vos move na tortura extrema de meu frágil ser corrompido?