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Bobo de Alaúde

 
Bobo de Alaúde
(entre parêntesis o dedilhar das cordas)

Bobo (menestrel):
Oh, oh, meu amor, (alaúde, alaúde)
A tu quem tu amas? (amiúde, amiúde)
E porque amor, (virtude, virtude)
É que tu me chamas? (ataúde, ataúde)

Donzela:
Oh, oh, Meu senhor, (beatitude, beatitude)
Virtuoso te clamas (virtude, virtude)
Ai, ai, por favor (rude, rude)
Porque tantos dramas? (placitude, placitude)

Bobo:
Oh, oh, minha dama (solicitude, solicitude)
Porque tu chorais (plenitude, plenitude)
Vinde já pr’ à cama (vicissitude, vicissitude)
Se tu já me amais! (atitude, atitude)

Donzela:
Guardai lá a flama (angelitude, angelitude)
Poupai os meus ais, (desmiúde, desmiúde)
Quem de mim proclama (aptitude, aptitude)
Meus dotes virginais! ( ...ude, ...ude..., ...ude )

Bobo:
Ai, amor! Amor (alaúde, alaúde)
Minha bela dama! (quietude, quietude)
Que me dais tanta dor, (magnitude, magnitude)
Por tão pouca fama! (alaúde, alaúde)


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Triste Poet@
(João Loureiro)

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Autor
Triste.Poeta
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 10/06/2015 20:00  Atualizado: 10/06/2015 20:00
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1440
 Re: Bobo de Alaúde
Interessante construção cénica. O menestrel que dedilha o alaúde não tem nada de bobo.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/06/2015 23:07  Atualizado: 10/06/2015 23:07
 Re: Bobo de Alaúde
Aqueles momentos que algo se menestra numa identidade que nidifica os verdadeiros cantos

belo poema