A flor do amor no meu peito morre,
Pálida, dormente sem seu alarde,
Dói meu peito abandonado que arde,
Nas chamas da solidão em que sofre.
Esta flor oh meu Deus eu lamento,
Ser tão bela nesta vida tão ingrata,
Sem sorte pro mundo que a maltrata,
Esfacelousse em lágrimas ao vento.
Esta flor que a beleza me deixou,
Sem palavras tão carente em mágoas,
Da musa tão eterna só restou,
A dor da sua ausência em minha alma.
Hoje sofro o estigma do desamor,
Do abandono que me aflige a todo segundo,
Os meus olhos já não choram por este mundo,
Que condena ao suplício esta flor.
Rodrigo Cézar Limeira