Fado da minha vida
que não é fardo,
é música sentida
chorado na guitarra
dançado nas cordas
da viola,
em fá e ré
da clave de sol,
alinhado na pauta
de um destino
que se alimenta de correntes
suaves, sem assentos graves,
para cantar no dia-à-dia
com o luar de Março
nas páginas expressivas
da voz destemida,
que não canta,
encanta
a noite sem sombras
de alma despida
num xaile negro com rosas rubras
entrelaçado nos ombros,
de cabeça erguida
a seguir a avenida da vida
sem orgulhos, na sina contida
de uma mão firme e calorosa,
um fado não decorado
solto e espontâneo no vento dos sentidos!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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