Perpetuei em mim o êxtase do amor
Que me atropelou os sentidos!
Sigo sonhos cobertos de desejos rendidos
Em orgásmicos delírios sem pudor.
É sempre pleno o entranhado consentido furor!
Sucumbo por entre silenciosos gemidos
Do mais puro prazer... Corpos unidos
Num só, benzidos em noites de fervor.
No leito, lições de vida o amor praticou,
Inesquecíveis lençóis amarrotados, paixão enternecida
No final, com suor escorrendo na alma estremecida
Perpetuei em mim um amor que nunca pecou!
A mais selvagem lembrança se torna singela
Com a pureza sentida ao fazer amor com ela...
Paulo Alves