Talvez sejam os ventos da liberdade
que ainda arrepiam a minha pele.
À frente, a Serra das Moças
esconde a noiva-fantasma
que ainda me assombra.
E ainda ouço o grito antigo dos velhos escravos
que aos poucos se transforma
nas dolentes cadências
que embalaram as minhas tantas inocências.
Fomos heróis, enforcados e retalhados.
Morremos por sonhos e vivemos por ideais.
E ainda seguimos, em busca de versos.
Minas me habita, ainda que eu
esteja sempre de partida.
Carinho Glaúcia.
Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, outono de 2015.