Deus me criou, ausente de qualidade alguma
Todavia não me ocorre o encontro com o porquê?
Que um ser tão perfeito, moldou uma alma com tamanha lacuna.
Absente de amostra de qualidade, tampouco foi suficiente
Ele decide, todavia troçar da minha pobre existência
Retirando – me o pouco, que faz de mim um homem do presente.
Rastejo pelos escombros, do que outrora foi um belo passado
Onde romance e família, eram mais do que uma distante recordação
Mas Deus força – me à viver, em páginas de um caderno rasgado
Amarrotadas em lágrimas, gritos e solidão.
Mas eu hei – de volver a encontrar essa palavra fugitiva
Eu hei – de voltar ao presente, envolto em vigor
Eu hei – de navegar nesse oceano de lágrimas que me incentiva
A desafiar Deus num batalha, por algo tão supérfluo como o amor.