Corpos ébrios com corações pulsantes,
Encontrando no vício um mundo distante,
De toda a amargura e descontentamento,
Apenas calmaria sob o tormento.
No tempo esperam a cura ao sofrimento,
Um longo tempo de dormência e esquecimento,
Escondendo seus piores pensamentos,
Se intoxicando com seus sentimentos.
Enquanto seus olhos no torpor se fecham,
Suas mentes iludidas pelo silêncio,
Ainda inebriadas pela embriaguez,
Esquecem que logo vem a sensatez.
E com ela uma torrente de consciência,
Espera-se alcançar de novo a dormência,
Levando assim seus amores perdidos,
Levando também seus corações partidos.
Ébrios perante a multidão de corpos,
Pensando em sua sagacidade,
Apenas não enxergam a realidade,
No vício se mante e a seu coração mente.
E o ciclo noturno novamente iniciado,
Seus corações totalmente viciados,
Viciados no antídoto do não sentir,
Vivendo em estado de não existir.
Tatiane Nunes Freire