O Meu Dom.
A cada dia que me aproximo do papel
Se me estremece a alma, como se não fosse minha
Deus, decidiu tornar a caneta no meu pincel
Na qual pinto uma obra em cada linha.
A cada dia que Deus me depara
Procuro incessantemente, numa nova revelação
A cura para essa ferida, essa chaga que não sara
Que me penetra, me apodrece e me seca o coração.
Encontro - me consolado num poema solitário
E o maior dos consolos, é que sou feliz escrevendo
Esses poemas que são os meus companheiros e o meu diário.
E eu agradeço cada dia, que me jubilo nesse dom
Pois onde a maioria apenas vê o mau, eu sou capaz de contemplar,traduzir e escrever, sobre o que a vida tem de bom.
Nuno Gonçalves