Sonetos : 

VASO DE GUERRA

 
Tags:  SONETOS 2005  
 
VASO DE GUERRA

Amarar a nau rumo a barlavento,
Quando até aves gralham o teu nome...
O mar, encapelado, que se dome:
A ordem é destruir tudo a contento.

Voltando enfim ao pélago sangrento,
Longas léguas a quilha já consome.
Bombardas, o inimigo logo as tome,
Certo quanto o levarmos sofrimento.

O ataque desferido é o que somos.
Existimos aos sonhos sós d'el-Rey
E, movidos pelo oceano, desfechamos.

Assim o mar mais púrpura deixei...
Por bela belonave, cuja luz
Mais, ainda e adiante, nos conduz.

Betim - 03 11 2005


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 03/06/2015 17:10  Atualizado: 03/06/2015 17:10
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8481
 Re: VASO DE GUERRA
Belo soneto, adorei.
Parabéns poeta Ricardo.
Abraço!
upanhaca


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 04/06/2015 03:03  Atualizado: 04/06/2015 03:03
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: VASO DE GUERRA
e no vaso não nasce flor. belo soneto desde o título. bjs