MORTE SEM FOICE
(Jairo Nunes Bezerra)
A morte de mim se aproxima,
Não me engana... Vem lentamente...
Quer voando levar-me pra cima,
Mesmo com a lua crescente!
Não conseguirá... Sou matéria ativada,
Sua tentativa terminará em decepção...
Metamorfoseio-me em desativada
E figuro poeira perdida na amplidão!
E sem forma generalizada,
Sou mais um ser a espera de nada,
Circulando num espaço sem opção!
É melhor continuar com o meu atual viver,
E tudo mais esquecer,
Escravo eterno da presente solidão!