Aquela tarde chorosa, bruma espessa, que sendo avessa, gotejou desgostosa, talvez furiosa, por não ter tido promessa, de felicidade confessa; ei-la chorosa!
Chorou de desdita, ao fastio amoroso do homem invejoso, que só acredita - vaidade maldita - no "todo-poderoso" ouro, bem valioso, chão ou fato catita.
Chora Tarde! Caridade! Chora-me Tarde! Já não arde, no meu coração, a amizade que matei - loucura insana, avareza.
De tanta pobreza, de alguma ternura, dei-te, secura, doce amiga, tristeza em permuta de bondade. Chora-me, Tarde!