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Casebre

 
Casebre

Pequena casa de campo,
Escavada por mão sábia,
Sobre a granítica rocha,

É, hoje, mansão dos sonhos
E nós, os ditosos castelões,
Erguidos de cinzas funestas.

No monte, o olhar se perde
No multicolor da paisagem,
Terras de cultivo e pomares,
Castigadas de sol abrasador,
Saciam fomes e compaixões,
De corpos dolentes de ritmo.

E a tez se escurece, moura,
Ansiando a frescura do rio,
Que serpenteia pelo vale,
E renova a vida e ânimos,
Paixões, ódios e amores,
Pela parcela de herança.

E quando a noite se abeira,
Serena, o luar nos recorta
Na silhueta dum beijo dado.
Logo se refugia por pudor,
Na casinha das mil sombras,
Para que o amor seja eterno.



Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 02/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/06/2015 09:55  Atualizado: 02/06/2015 09:55
 Re: Casebre
Gostei muito do seu poema!

Bom de se ler!

Abraços,

*Anggela*