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Cartas de tarô no azulejo do céu do chão.
A musa puta aponta a teta da lua, nua
sua rima repetida no clitóris da escansão.
Grita o grilo, grelho, falante, mudo, anão.
Sua língua no mamilo da puta lua
é a luta entre o desejo e a razão.
O louco enamorado no carro da contenção.
O tráfego inflamado
das torres de TV e de radiação.
Transgêneros, transgênicos,
travestis da alimentação.
Todo poema louco
vira eco do ão,
afinal,
são tantos ecos no céu da minha boca
que o sapo na garganta
só coaxa rimas pobres
em versos de rejuntar moral.
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