Entre a névoa cinzenta
Fez-se o meu funeral.
O ódio destruiu a minha alma,
Obscurecidos,
Tornaram-se os meus olhos.
Congelado meu sangue permanece.
Fique forte disseram-me,
Não sucumba ao suicídio,
Apenas use as laminas como alivio,
E isto foi o que acabou,
Me matando...
Gritos de dor ecoam
Por entre a terra batida sobre o meu túmulo.
As sombras...
Tendem a corromper os mortos.
E o desespero...
É a única paz que me resta...
Mutilado.
Desolado.
Atormentado...
Eu morro.
Silenciado pelos céus mórbidos,
A chuva mistura-se as minhas lágrimas.
Aprisionado em meio à escuridão inquietante,
De meu doloroso funeral.