Uma triste senhorinha,
um dia, cruzou meu caminho.
Com olhar vazio, sozinha,
pedindo, apenas, carinho.
Sorri pra bela senhorinha,
lhe dei, de presente, uma rosa.
Beijei sua fria mãozinha,
senti sua pele sedosa.
Aquela doce senhorinha,
agora, se atreve a sonhar.
Pela sua vida, todinha,
nunca entendeu de amar.
Segui, junto a senhorinha,
as mãos, lhe dei, sem querer.
Ela cedeu, já tão minha,
seu corpo, inteiro, a tremer.
Pedi um beijo a senhorinha,
ela, a boca, emprestou.
Sua língua brincava com a minha,
um só coração se formou.
Hoje, esta senhorinha,
não sabe o que é solidão.
Me ama, se dá inteirinha,
é dona do meu coração.