Bailado
Que cada passo de dança
seja um toque
de minhas mãos
em teu corpo.
Que o fremir do ritmo
seja o prazer que penetra
até ao mais intimo de ti.
Que o rodopiar e o salto
sejam beijos meus
que te acariciam
e te fazem suspirar
por outros sem fim.
Que o crescendo da dança
seja o sonho, o jardim,
as nossas mãos dadas,
gemidos e gritos de êxtase.
Que o aplauso final
seja o orgasmo
que nos liberte de nós
e nos prenda, tu em mim
e eu em ti, para sempre.
E no fim, as flores lançadas
sejam o repouso sereno
e uma eterna jura de amor
e de dádiva até à morte.
Poet@ sem Alm@
João Loureiro
Lisboa, 29/05/2015
(Presumo que este poema nada tenha de polémico)!