NA NOITE MAIS ESCURA
Às vezes eu te amo tanto que dói...
Sabes? Queria não ser tão amargo,
Mas vejo-me abatido por tal encargo
De suportar um mal que me corrói.
Se a memória remorso 'inda remói
Para qu'eu da beleza passe ao largo,
Basta! Não seja a vida, sem embargo,
Outro enredo à procura d'um herói.
Ah! Que a dor de te amar não me enlouqueça...
Indo a uma escuridão vista jamais
E, esquecido de mim, também te esqueça.
Escusa... Já soam brutos os meus ais...
E tão tristes... Embora os reconheça
Na noite mais escura, só demais...
Betim – 03 03 2003
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.