Persegui o romantismo
ditoso onde provocantemente
e em uníssono
declaramos aos ventos
contagiados de ti
a preciosa hora imaginada
em gomos glamorosos,repentinamente
enclausurados nas margens longínquas
onde me faço teu rio
e tu sinuosa
jorrando caudalosa
em ondas oceânicas
regurgitas toda em meu mar
quase me afogando impetuosa
– Dos versos tocados
na tempestade dos ventos
sedimentámos todas as equações
matemáticas onde multiplicámos
a exactidão dos abraços
a cadência perene dos beijos
as realidades totalitárias
onde me delicio na textura
marginal dos teus gestos
preciosamente decantados
na eira gestante onde nos
embebedámos até amadurecer
de vez o ínfimo suspiro nestes versos
zelosamente
em nós implantados
– E na contenda descontrolada
dos dias finais
estreito meus rogos
decifrados nesta via larga
e relvosa
onde secretamente
existimos para sempre
onde arquivamos nossas vontades
inteiras, definitivas
acelerando o tempo rumo
aos desejos que nem mais olvido
somente anseio e ressuscito de vida
devolvendo teu rio
para junto do meu mar
navegando até me abalroares
ferozmente acometida
FC
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Re: Teu rio...meu mar
