Nosso amor, são rios que flúem Em fios soltos de águas nascentes E se espraiam vivos e vagarosos Pelos leitos de terra que escolhem. Ora, um, em plácido murmúrio, Ora, outro, numa troante cascata.
O nosso amor se sobressalta, Revive em cada momento, A montante, verdes sem fim, A jusante, o azul celeste Que lhes dão cor envolvente.
Nosso amor gera as fontes De frescura e da sede de nós E nos renova de mil desejos, Dum abraço feliz e eterno, Onde os leitos serão só um, Que jamais alguém separará...
E nele, esse amor se renderá ao encanto de melódica paixão, cantada por trovadores-poetas até que o mar nos arrebate, no revolto de ventos e ondas.